Modas Antigas (Parte 04)

Albuns de Figurinha

Crianças amam adesivos, isso é um fato, pode dar adesivo de um candidato a prefeito feioso, que elas vão adorar. Então, imagine só, adesivos de coisas que elas gostam, para colecionar em um album. Essa idéia genial rendeu uma boa grana pra muita empresa, já que as crianças da década de 90 torravam o dinheiro comprando os pacotes de figurinhas, não só para colecionar como também para conseguir os valiosos prêmios: conjunto de copos, jogos de dama inteiramente de plástico, conjunto de pratos, estojos, panelas e muitas outras coisas que todo pivete queria. Para conseguirmos tais prêmios, era preciso ter a figurinha chave para completar a metade de uma imagem ou parte dela, assim levávamos ao cara de onde compramos as figurinhas e solicitávamos os prêmios, isso quando o filho da mãe tinha, quase sempre não tinham o prêmio e a gente ficava na mão, torrando nossos preciosos centavos à toa. Lembro-me que uma vez roubei 5 reais da minha mãe para comprar figurinha, comprei, ganhei dois prêmios super supimpas (um conjunto de copos de vidro e um jogo de damas de plástico), mas em troca levei uma sola quando minha mãe descobriu. As crianças disputavam suas valiosas figurinhas nos bafos, utilizavam milhares de truques pra lá de espertos, como usar o ceroto da mão como tática para virar as figurinhas do adversário, ou os mais burros, usavam chicletes. Eu como um jogador de bafo, deixava a mão em uma posição convexa, o que ajudava bastante. Nos albuns mais vagabundos, a figurinha não era auto colante, precisávamos usar nossa cola Polar para o serviço. Como exemplo, tínhamos o famoso album de figurinhas da Placar, preenchido com vários times nacionais e jogadores, pivetes adoram futebol, logo, era um prato cheio; tínhamos também aqueles albuns Jumbo, com vários desenhos (Pokemon, Cavaleiros, Barbie, Caverna do Dragão, Balão Mágico...), peraí, Balão Mágico não é desenho, mas todo bom album de figurinha vinha até coisa de novela no meio dos desenhos, o povo misturava era tudo. Lembro que também existia o album de figurinhas do Ping Pong, em que a gente podia colar as musas do É o Tchan, cumpade Washington, Jacaré e seus amigos. A febre dos albuns de figurinha já se foi, mas mesmo assim, ainda é comum encontrá-los em bancas, com as coisas gays que saem na mídia, como Crepúsculo e outras coisas envolvendo Robert Çeuquê Lá. É isso, amigos e doutores, essa foi mais uma viagem no tempo com o Doutor Mestre em Tecnologia que ainda busca a perfeição da máquina raio x de fazer pão.